ITABERABA: Candidato a prefeito Davi Anjos comete grave crime eleitoral ao divulgar enquete como pesquisa

O candidato a prefeito de Itaberaba pelo partido Avante, Davi Anjos, envolveu-se em uma situação que pode ser caracterizada como um grave crime eleitoral. Davi, que é apoiado pelo atual prefeito Ricardo Mascarenhas, divulgou no Instagram uma enquete realizada pela internet em grupos de apoiadores como se fosse uma pesquisa eleitoral legítima. No levantamento, ele supostamente aparece em vantagem sobre seu principal concorrente, o ex-prefeito João Filho.

No entanto, a atitude de Davi Anjos levanta suspeitas sobre a veracidade e a credibilidade das informações, sugerindo uma tentativa desesperada de criar uma imagem de liderança que pode não corresponder à realidade dos eleitores de Itaberaba.

De acordo com a legislação eleitoral brasileira, especificamente a Lei nº 9.504/1997, a divulgação de pesquisas eleitorais sem o devido registro junto à Justiça Eleitoral é ilegal. O artigo 33 da referida lei estabelece que qualquer pesquisa eleitoral deve ser registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ou nos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs), conforme o caso, no prazo de até cinco dias antes da sua divulgação. Essa medida visa garantir a transparência e a confiabilidade das informações apresentadas ao público.

A violação dessa norma pode resultar em graves consequências. A legislação prevê a aplicação de multa ao responsável pela divulgação irregular, que pode variar de R$ 53.205,00 a R$ 106.410,00. Além disso, a divulgação de resultados de enquetes ou sondagens como se fossem pesquisas oficiais é um ato que fere a legitimidade do processo eleitoral e pode acarretar em outras sanções, prejudicando a candidatura de Davi Anjos.

A atitude do candidato Davi Anjos, ao tentar se beneficiar de uma prática ilegal, reflete um comportamento que pode ser interpretado como uma manobra para enganar o eleitorado e criar uma falsa percepção de popularidade. Com a disputa eleitoral acirrada em Itaberaba, essa tentativa de distorcer a realidade eleitoral levanta dúvidas sobre a integridade da campanha de Davi, reforçando a importância de uma avaliação crítica e consciente por parte dos eleitores.